Na próxima semana (02/06) teremos em São Paulo o primeiro Seminário para debate sobre os sistemas de regulamentação pública dos telhados verdes na cidade, onde serão discutidos os parâmetros e critérios para aplicação de incentivos fiscais e financeiros. O que isso significa? Na prática, estarão sendo discutidos possíveis taxas de redução de impostos (IPTU) e outras formas de incentivo para instalação dos telhados verdes de forma extensiva na cidade especialmente como ferramenta para (1) controle de enxurradas/enchentes e (2) de ilhas de calor.
Para ajudar nesta tarefa, estudamos diversos relatórios desenvolvidos pelo governo Canadense, que desde 2003 vem analisando sistematicamente o modelo Alemão de políticas públicas para telhados verdes – sem dúvida o mais bem sucedido na aplicação desta tecnologia como ferramenta para obtenção de serviços ambientais – com mais de 15% de todas as coberturas e telhados de seu território cultivados com vegetação.
Basicamente o modelo alemão pode ser estruturado em 4 eixos principais:
- Incentivos financeiros diretos;
- Incentivos financeiros indiretos;
- Medidas de compensação ambiental;
- Integração com políticas de desenvolvimento.
- Áreas prioritárias para promoção destas tecnologias (p.ex. regiões identificadas com ilhas de calor, topos de morro, áreas de declividade, regiões próximas a hospitais, bordas de rios e lagos, etc.)
- Diferentes sistemas de cultivo sobre lajes e telhados, levando em consideração o desempenho quanto ao volume de água armazenado, volume de substrato de cultivo, tipo de vegetação, consumo de água para irrigação, etc.
- Mecanismos de cadastro, inspeção e monitoramento de telhados verdes habilitados para receber incentivos.
- Conexão com outros programas de promoção de serviços ambientais, como arborização urbana, coleta de água de chuva, valas de infiltração, etc.